CATIBUM: O SOM QUE A PEDRA FAZ AO CAIR NA ÁGUA. LÍMPIDA OU TURVA. A DOS ANOS DE CHUMBO NO BRASIL ERA BASTANTE TURVA. CATIBUM ERA EXPRESSÃO DE DESEJO DE REBELDIA DE JOVENS ARTISTAS E INTELECTUAIS NA CIDADE DE MONTES CLAROS NOS ANOS 1970. SAUDÁVEL E SAUDOSA REBELDIA, IMPULSO DECISIVO DO QUE FLORESCEU DE MAIS SIGNIFICATIVO NA "CAPITAL" DO SERTÃO MINEIRO EM TERMOS CULTURAIS NAS TRÊS ÚLTIMAS DÉCADAS. CATIBUM ESTÁ VOLTANDO, AGORA COMO UM INTENSO MOVIMENTO CULTURAL. ESTE ESPAÇO É NOSSA PONTE DIGITAL. CONTAMOS COM VOCÊ NA TRAVESSIA.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Projeto Catibum vai resgatar
e intensificar dinâmica
cultural em Montes Claros



Comprometida com a implantação de políticas culturais que possam contribuir com a preservação de tradições montesclarenses e com o surgimento de ações inovadoras nos vários segmentos artísticos, a Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, está lançando o Movimento Cultural Catibum, que terá como carro-chefe a revista lítero-cultural CATIBUM e se traduzirá a cada ano numa grande festa literária, a se realizar sempre no mês de outubro sob a denominação de “Outubro Literário”.
O Movimento, concebido a partir de diálogos com alguns dos mais significativos nomes da cultura local, presta homenagem ao grupo de jovens artistas, políticos e intelectuais que na Montes Claros dos anos 1970, em plena ditadura militar, reuniram-se, curiosamente, em torno de um símbolo de espontaneidade, descontração, naturalidade: “Catibum” – o som que uma pedra, ou qualquer outro objeto, produz ao cair na água. Entre esses jovens estavam os escritores e jornalistas Eduardo Lima, Georgino Jr., Eduardo Lima, Fernando Rubinger e o futuro político mais importante da região, Luiz Tadeu Leite, hoje novamente prefeito de Montes Claros.
Trata-se de homenagem culturalmente produtiva, além de justa, já que o Grupo Catibum figura na recente história cultural montesclarense como referência de pluralidade, de relação generosa entre pares, traduzindo, com precisão, a natureza do povo norte-mineiro. No inesquecível Catibum, as Secretarias de Cultura e Educação reconhecem um traço fundamental para que a vida em sociedade seja realmente possível neste novo século: a tolerância. Os “catibuns” foram jovens que deram seu exemplo de tolerância num momento de intolerância institucionalizada, deram sua contribuição para a construção de uma outra sociedade, embasada em valores culturais e educacionais.